Biologia Molecular é a chave para o avanço do rastreamento da Fibrose Cística, mas é preciso um melhor preparo dos laboratórios e população


O geneticista Dr. Salmo Raskin, consultor da SBTEIM, aponta também questões éticas, legais e financeiras que podem frear a progressão
 

A biologia molecular parece ser uma grande aliada ao rastreamento neonatal da fibrose cística. Na próxima década certas doenças serão rastreadas no período neonatal primariamente por testes de biologia molecular.
 
De acordo com o médico geneticista Dr. Salmo Raskin, consultor clínico da Sociedade Brasileira de Triagem Neonatal e Erros Inatos do Metabolismo (SBTEIM), o surgimento de tratamento efetivo para afetados por doenças genéticas, especialmente aqueles que são dirigidos para determinadas mutações nos genes, serão um apelo cada vez maior para a incorporação das análises de biologia molecular na triagem neonatal. 
 
“No entanto, há questões éticas, legais e financeiras que podem frear o avanço do uso de técnicas de biologia molecular no rastreamento neonatal”, advertiu o geneticista.
 
Na visão do especialista, antes de que haja uma disseminação do uso de técnicas de biologia molecular no rastreamento neonatal é necessária uma análise com perspectiva local, e um esforço de educação e conscientização de toda a população. 
 
“Os laboratórios também devem se preparar melhor, com certificação e controle de qualidade em biologia molecular. Devem estar aptos a solicitarem consentimento informados para os diversos testes de biologia molecular”, destacou ele, que ainda defende a ampliação da  cobertura de Aconselhamento Genético no país.
 

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