Quais são os testes de triagem do recém-nascido?
Os primeiros dias de vida de um bebê são decisivos para garantir um desenvolvimento saudável e prevenir complicações que podem acompanhar toda a vida. Nesse período, existem exames simples, rápidos e indolores que ajudam a identificar doenças e condições ainda invisíveis, mas que, se detectadas precocemente, podem ser tratadas de forma eficaz. São os chamados testes de triagem do recém-nascido. A seguir, você confere os principais:
Teste do pezinho
É o exame mais conhecido da triagem neonatal. Realizado a partir da coleta de algumas gotas de sangue do calcanhar do bebê, permite identificar doenças metabólicas, genéticas, endócrinas e hematológicas graves que, quando tratadas precocemente, garantem melhor qualidade de vida e evitam sequelas permanentes.
Teste da orelhinha
Também chamado de triagem auditiva neonatal, avalia se o bebê escuta normalmente. A detecção precoce de perda auditiva é essencial para prevenir atrasos no desenvolvimento da fala e da linguagem.
Teste do olhinho
Exame que verifica a presença do reflexo vermelho nos olhos do bebê. É fundamental para identificar alterações como catarata congênita, glaucoma congênito e até tumores oculares, como o retinoblastoma.
Teste do coraçãozinho
Feito por meio da oximetria de pulso, mede os níveis de oxigênio no sangue. Essa triagem ajuda a identificar cardiopatias congênitas críticas, que podem não apresentar sintomas imediatos, mas que exigem intervenção precoce.
Teste da linguinha
Avalia o frênulo lingual (a popular “língua presa”), condição que pode dificultar a amamentação, a deglutição e até o desenvolvimento da fala. Detectar cedo permite orientar intervenções simples e evitar prejuízos futuros.
Esses testes, juntos, representam um avanço na saúde pública e na pediatria, pois possibilitam que doenças e alterações sejam identificadas antes mesmo do aparecimento de sintomas, garantindo tratamento imediato e resultados muito mais eficazes.
Fonte: Ministério da Saúde – Manual de Normas Técnicas e Rotinas Operacionais do Programa Nacional de Triagem Neonatal, 2016.